Secretária-Geral do CICA visita o Brasil

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Entre os dias 8 e 14 de dezembro, a secretária-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Deolinda Teca, esteve no Brasil para uma visita de aproximação com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Nesses dias, Deolinda foi acompanhada pela secretária-geral do CONIC, Romi Bencke. O roteiro incluiu desde a ida a igrejas locais, até a participação em atividades ecumênicas, como a confraternização de Natal do Grupo Ecumênico de Brasília (GEB).

 

Confira como foi o calendário da visita:

Nos dias 8 a 9 de dezembro, Deolinda foi acolhida no escritório da Christian Aid no Brasil, em São Paulo (SP). Ali, participou de reuniões e conheceu os trabalhos apoiados pela Christian Aid no país. Vale lembrar que a Christian Aid apoia ambos os Conselhos de Igrejas e, nos últimos tempos, tem empreendido esforços para uma maior aproximação entre eles.

Entre os dias 10 e 13 de dezembro, Deolinda participou de atividades ecumênicas em Brasília. No dia 9, participou da confraternização de Natal do GEB. Na oportunidade, ela compartilhou um pouco da experiência do CICA.

No dia seguinte, 10, ela esteve presente no seminário Inter-religioso promovido pela Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas, ocorrido no Centro Cultural de Brasília. A proposta do Seminário foi a de estabelecer um diálogo entre lideranças religiosas e famílias homoafetivas. Foi uma conversa aberta sobre os limites e os avanços na inclusão de famílias homoafetivas em diferentes organizações. Além de Deolinda e Romi, participou do seminário Sandra Andrade, representante do Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento (SADD).

No dia 11, Deolinda realizou a homilia na celebração matutina da Catedral Anglicana de Brasília. Em sua fala, destacou os desafios que precisam ser enfrentados para a superação da violência. Falou dos impactos da guerra na Angola e de como ainda é necessário um esforço nacional para a superação das consequências deixadas pelos conflitos.

Na tarde do dia 13, foi realizada uma roda de conversa entre Deolinda e lideranças religiosas locais sobre a atuação das igrejas nos dois países. Deolinda compartilhou a contribuição que as igrejas angolanas deram para a reconciliação no período pós-guerra. Segundo Deolinda, em Angola não houve um processo de perdão e reconciliação como ocorreu no período pós-apartheid na África do Sul. Por isso, na Angola, muitas feridas da guerra, sobre as quais não se conversou, ainda estão abertas. Destacou que para estabelecer diálogo com igrejas e religiões o governo angolano estimula organizações religiosas a se organizarem em Plataformas. O CICA, por exemplo, que reúne 29 organizações religiosas, é a mais antiga delas. As lideranças brasileiras compartilharam com Deolinda sobre suas experiências locais. Foi destacado o crescimento da intolerância religiosa e os desafios que esse fenômeno apresenta para as organizações baseadas na fé.

Finalmente, Deolinda afirmou chamou sua atenção, de maneira especial, as experiências de diálogo inter-religioso que ocorrem em nosso país. Experiências como as da Pastoral da Saúde também despertaram seu interesse.

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