Rumo ao Fórum Social Mundial 2018

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O Fórum Social Mundial nasceu em 2001, por organizações e movimentos sociais que, a partir de uma proposta inicial, se autoconvocaram e mobilizaram para um grande encontro em Porto Alegre, em contraposição ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial, que ocorria ao mesmo tempo em Davos, na Suíça. Salvador 2018 será momento de encontro: horizontal, autogestionado, determinado.

Participantes discutiram formas de enfrentar a ditadura do sistema financeiro, o império das corporações transnacionais, a opressão dos regimes autoritários, o jugo dos meios de comunicação, a cultura do patriarcado e do racismo. Debateram propostas alternativas para a construção de sociedades mais justas e soberanas, o acesso ao conhecimento e às tecnologias e a proteção dos recursos do planeta.

Foi o primeiro grande encontro da diversidade das muitas lutas libertárias, reunindo movimentos históricos e as juventudes auto-organizadas. Milhares de oficinas e conferências colocaram em debate os dilemas, projetos e utopias daquela virada de milênio. Contra o pensamento único reunido no Fórum de Davos, o encontro de Porto Alegre firmou na história recente da resistência social a declaração de que Outro Mundo é Possível.

Os acontecimentos mundiais que sucederam ao primeiro FSM chocaram-se com os anseios de paz da humanidade. No mesmo ano, em 2001, vieram abaixo as Torres Gêmeas. E em nome de combater o terrorismo, o Ocidente capitaneado pelos EUA passou a justificar novas guerras e semear novas formas de terror, a estigmatizar povos inteiros por suas etnias e culturas e a perseguir violentamente os imigrantes. Armou-se sem hesitar para combater justamente a diversidade que o FSM nasceu para celebrar.

Contra tudo isso, as lutas reunidas no Fórum Social Mundial conseguiram impulsionar mudanças e apontar caminhos. hoje seriamente ameaçados. Na América Latina, em especial, foram possíveis experiências mais democráticas, de ascensão de forças populares, de indígenas e trabalhadores, ou mais progressistas, aos governos. E contra as quais também se organizaram todas as forças conservadoras.

Os sonhos da humanidade hoje se defrontam com os fundamentalismos das guerras e xenofobias, e dos sistemas de dominação com suas novas formas de golpear liberdades e democracias. A capacidade de resistir é mais uma vez desafiada. Por isso as organizações e movimentos alinhados com a Carta de Princípios do Fórum Social Mundial novamente se autoconvocam para reunir sua diversidade de lutas e somar forças para a resistência.

Salvador 2018 será esse momento de encontro: horizontal, autogestionado, determinado. Se você concorda com a Carta de Princípios do FSM, já é parte. Contribua, presencialmente ou à distância. O encontro de Salvador estará em rede, com todos e todas que quiserem participar.

Leia a Carta de Princípios do Fórum Social Mundial na íntegra: https://goo.gl/K7pBqH

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