Agora mais severas as penas para crimes de intolerância religiosa

BRASIL-

As religiões de matriz africana são o alvo mais frequente de quem não respeita a liberdade de crença. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, só em 2022 foram 1.200 ataques – um aumento de 45% em relação a 2020. A lei sancionada em janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que equipara o crime de injuria racial ao crime de racismo, também protege a liberdade religiosa. A lei, agora, prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas. A pena será aumentada a metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa. Antes, a lei previa pena de 1 a 3 anos de reclusão.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil afirma que, nos últimos anos, a religião vem sendo utilizada com frequência em apoio ao discurso de ódio.

“Nos últimos tempos, houve um aumento da intolerância muito grande. Na dimensão religiosa e em outras dimensões também, de relacionamento humano, social, tempos bastante difíceis. A gente não só precisa de palavras e boas intenções. Nós precisamos de ações, de gestos concretos, de ações concretas e essa lei vem como um gesto concreto, na dimensão jurídica que terá um grande efeito na sociedade”, diz Padre Marcus Barbosa Guimarães.

O Pastor Levi defende uma convivência religiosa baseada em diálogo e respeito.

“Toda religiosidade e crença, religião, ‘religare’, está na própria palavra, que é religar, unir, jamais trazer ruptura, jamais trazer desrespeito, portanto respeito”, afirma o pastor da Comunidade Caverna SP.

Fuente: https://g1.globo.com/

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