O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi recriado pelo novo governo federal

CESE- Debate público, intervenções poéticas, música, e povo se alimentado. Foram as ações que marcaram o Banquetaço 2023, em comemoração ao retorno do CONSEA- Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, nesta segunda-feira (27), em Salvador (BA).  Para promover a iniciativa, o Coletivo Banquetaço se articulou a outras entidades, apoiadores/as e voluntários/as e organizou o ato em frente a Ocupação Carlos Marighella, território de resistência e luta por moradia digna na cidade.

O conselho, formado por entidades e cidadãos da sociedade civil, retomará os trabalhos na formulação de políticas públicas de combate à fome e incentivo à produção de alimentos saudáveis no país. Em comemoração à volta do órgão, o Banquetaço 2023 foi uma mobilização nacional que ocorreu em mais de 40 cidades de 19 estados do Brasil.

Em Salvador, o evento foi aberto com uma roda de conversa composta por representações do CONSEA nacional e estadual, e integrantes da ocupação que recepcionaram a atividade. Além disso, contou com várias atividades culturais seguidas do grande banquete, preparado por chefs de cozinha, nutricionistas, gastrônomos e militantes que defendem o direito humano à alimentação.

Débora Rodrigues, do conselho estadual, abordou sobre alastramento da fome no país e o conjunto de políticas articuladas que envolvem essa temática: “A fome é a concretização do conjunto de violações de direitos sofrido cotidianamente pelo povo indígena e negro. Doar o alimento é uma ação imediata, porque quem tem fome não espera. Estamos aqui para reivindicar comida na mesa. Não podemos perder de vista o nosso horizonte que a defesa do direito Humano à alimentação. E falar em alimentação é defender o direito à terra, trabalho, educação e saúde.”.

E Carlos Lisboa, do Coletivo Banquetaço, complementa que o ato simboliza a esperança e os anseios por participação popular e garantia de direitos: “É um movimento de resistência, que se auto afirma a partir da organização coletiva, com horizontalidade e com a constituição de movimentos que estão lutando nas ruas, por terra, território, agroecologia, moradia e reforma urbana. Um avanço e também um compromisso de reerguer essa nação.”, conclui o ativista.

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