Igreja Metodista cobra Temer sobre indenização da Samarco

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A Igreja Metodista no Brasil publicou em seu site oficial, o documento enviado ao presidente interino Michel Temer, cobrando uma posição sobre o maior desastre ambiental da história do Brasil: o rompimento da Barragem Fundão de rejeitos de minério da Samarco, em Mariana/MG. A empresa é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. A carta também foi encaminhada para conhecimento de autoridades do Espírito Santo e Minas Gerais, e para organizações envolvidas.

A decisão de realizar a cobrança foi tomada durante o 20° Concílio Geral da Igreja, que aconteceu entre os dias 3 e 10 de julho em Teresópolis/RJ. Com a presença de representantes da IM de todo o Brasil, o conclave ouviu e aprovou a preocupação da Revda. Débora Blunck Silveira, de Governador Valadares (MG), que pediu uma colaboração maior da Instituição diante da negligência com as comunidades afetadas.

“Eu penso que a Igreja Metodista, além de fazer assistência social, também tinha que ter uma palavra no sentido de pressionar a Vale do Rio Doce a tomar uma atitude, ressarcir os danos causados em Governador Valadares e pelo Rio Doce até chegar no Espírito Santo”, afirmou a Revda. Débora em entrevista.

A resposta veio com o documento oficial, assinado pelo presidente do Colégio Episcopal, Bispo Adonias Pereira do Lago. “Nós Igreja Metodista, reunida no 20º Concílio Geral, em Teresópolis, RJ, com delegados/as de todo o Brasil e representantes da Igreja Metodista do México, do Uruguai, de Porto Rico, da Alemanha e dos Estados Unidos da América do Norte e outras denominações e organizações cristãs, vimos através deste, cobrar uma posição pratica indenizatória da empresa SAMARCO com reparação de danos causados em todos os sentidos, ao Meio Ambiente, por onde percorre o Rio Doce nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com prejuízo sócio ambiental”, afirma a abertura da carta.

O Colégio Episcopal segue mencionando danos que ainda não foram reparados, como a falta de água potável em diversas cidades, e a ausência de indenização para famílias que viviam da renda gerada pelo Rio Doce, agora contaminado. O texto ainda estipula um prazo de 45 dias para retorno da solicitação, tendo em vista a extrema urgência das questões apresentadas.

O caso da barragem que se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, foi amplamente discutido na mídia durante os primeiros dias, mas perdeu destaque na grande imprensa, reaparecendo esporadicamente conforme o andamento do processo ou quando há alguma nova denúncia. Uma das últimas notícias afirma que o estado de Minas Gerais tinha conhecimento da obra realizada pela mineradora, que resultou no rompimento da barragem. A Folha de São Paulo informa na denúncia, que tiveram acesso a documentos que comprovam que a Secretaria do Meio Ambiente fiscalizou a obra antes do ocorrido, apesar de negarem.

Clique aqui e leia a Carta da Igreja Metodista na íntegra!

Fonte: expositorcristao.com.br
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

 

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