O Mapa do Acolhimento ajuda a mulheres vítimas da violência

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A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. De acordo com uma pesquisa feita pelo IPEAcerca de 527 mil pessoas são estupradas por ano no país, sendo que 89% da vítima destes atos violentos são mulheres. Um problema que se agrava a cada 11 minutos não pode esperar nem mais um segundo. O Mapa do Acolhimento é uma plataforma que conecta mulheres vítimas de violência a pessoas e serviços prontos para ajudá-las.
A recente barbárie do estupro coletivo no Rio de Janeiro chamou atenção de todo o Brasil para este absurdo ao qual as mulheres são diariamente expostas. Estes crimes são resultado da cultura de estupro e de violência contra mulheres que permeiam ainda hoje nossa sociedade machista. Ações e manifestações contra esta cultura, como a #EstuproNuncaMais, viralizaram nas redes sociais e estão tomando as ruas do país.
O Mapa do Acolhimento é uma colaboração entre mulheres de várias organizações e coletivos.
Conheça quem está por trás desse movimento.

Este mapa foi criado a partir das mais de 2 mil voluntárias que se dispuseram a avaliar os serviços públicos de atendimento a vítimas de violência sexual no Brasil. Ao clicar, os serviços marcados em verde mostram os serviços bem avaliados por elas, os vermelhos os mal avaliados e os amarelos, serviços com déficits a serem resolvidos.

Meu Rio, Minha Garopaba, Meu Recife, Minha Porto Alegre, Minha Sampa, Minha Igarassu, Minha Jampa, Minha Campina e Minha Ouro Preto são organizações locais que compõe a Rede Nossas Cidades, presente em 10 cidades do Brasil.
As consequências da violência sexual na vida de uma mulher ou menina são imensuráveis, mas é possível, através de acompanhamento e acolhimento, que elas consigam lidar melhor com esse trauma. 
Por isso, criamos este espaço para que terapeutas inscrevam-se como voluntárias para atenderem mulheres vítimas em várias cidades do Brasil. Para quem não é terapeuta mas também quer chegar junto na rede de acolhimento, basta se inscrever para ajudar  a mapear os serviços públicos disponíveis para o auxílio a mulheres vítimas de violência sexual.
Compartilham a missão de trabalhar para construir cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis através da mobilização de cidadãos. Todas as redes são apartidárias e não recebem recursos de partidos, políticos ou empresas com concessão pública.
Em apenas um ano, e com pouquíssimos recursos, o Mapa do Acolhimento recebeu mais de 450 terapeutas que se voluntariaram para oferecer terapia às vítimas em 10 cidades. E mais de 2500 voluntárias que ajudaram na construção de um mapa que avaliou os serviços públicos de acolhimento nessas cidades.
Veja o video:

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